terça-feira, 7 de outubro de 2014

quarta-feira, 9 de julho de 2014

João do Vale. Vamos conhecer?



PRA COMEÇO DE CONVERSA...

Agora que você já tem uma visão geral sobre o que procuraremos junto construir no que se refere à importância de cada educador e educadora de conhecer a sua história, para melhor intervir e favorecer na construção de uma sociedade com maior número de pessoas tendo acesso a uma educação de qualidade. Vamos ao nosso primeiro desafio: Aprecie, com bastante atenção, a bela composição de um dos mais nobres – e bem pouco reconhecidos – compositores maranhenses: João do Vale. Leia e vá pensando: a letra dessa música serviria para representar a história da formação de outros maranhenses?

João Batista do Vale nasceu em Pedreiras MA em 11 de Outubro de 1934. Grande compositor maranhense que muito cedo (aos 13 anos) teve que trabalhar para ajudar a sustentar a família. Apesar das belas composições, e ter sido reverenciado por grandes artistas como Chico Buarque, não foi reconhecido devidamente em vida. Faleceu em São Luís MA no dia 06 de Dezembro de 1996, sendo sepultado em sua cidade natal, Pedreiras
 
Minha História
Seu moço quer saber, eu vou cantar num baião
Minha história pra o senhor, seu moço, preste atenção.
Eu vendia pirulito, arroz doce, mungunzá
Enquanto eu ia vender doce, meus colegas iam estudar
A minha mãe, tão pobrezinha, não podia me educar
A minha mãe, tão pobrezinha, não podia me educar.
E quando era de noitinha, a meninada ia brincar
Vixe, como eu tinha inveja, de ver o Zezinho contar:
- O professor raiou comigo, porque eu não quis estudar
- O professor raiou comigo, porque eu não quis estudar.
Hoje todo são “doutô”, eu continuo joão ninguém
Mas quem nasce pra pataca, nunca pode ser vintém
Ver meus amigos “doutô”, basta pra me sentir bem
Ver meus amigos “doutô”, basta pra me sentir bem
Mas todos eles quando ouvem, um baiãozinho que eu fiz,
Ficam tudo satisfeito, batem palmas e pedem bis
E dizem: - João foi meu colega, como eu me sinto feliz
E dizem: - João foi meu colega, como eu me sinto feliz
Mas o negócio não é bem eu, é Mané, Pedro e Romão,
Que também foram meus colegas, e continuam no sertão
Não puderam estudar, e nem sabem fazer baião.